5.3.12

Resenha: Três, Melissa P.

Título: Três
Autor: Melissa P.
Editora: Suma de Letras
Gênero: Ficção
Páginas: 172
Publicado em: 2011
Avaliação: 2 ½ estrelas

Sinopse retirada da orelha do livro:
Gunther, já com mais de 40 anos é alcoólatra, tem sérios problemas familiares, vive de pequenos bicos. No entanto, sabe disfarçar a falta de perspectivas de sua vida atrás de uma boa aparência física e uma lábia excepcional, que lhe garantem uma série de relacionamentos e encontros fugazes. Em Roma, ele conhece Larissa e seu marido, Leo – e, embora se interesse pelos dois, é com Leo que se envolve a princípio.
Larissa é uma moça sensível, amante da astrologia e da poesia, de vida aparentemente mais centrada que Gunther. Mas ganha menos do que gostaria, se droga mais do que deveria, não tem apoio da família – financeiro ou emocional – e o casamento já não satisfaz a ela ou ao marido. O divórcio é inevitável e a faz afundar ainda mais nos seus problemas.
Gunther conhece o fotógrafo George num ponto de ônibus. O que parecia mais um numa longa série de encontros acaba virando a relação mais estável de Gunther em muito tempo, o que não o impede de fazer do reencontro casual com Larissa o estopim de um novo caso. Não que isso seja problema para George: ele vai conhecer Larissa e os três passam a viver juntos.
O cotidiano hedonista do trio é abalado quando Larissa se descobre grávida. A dúvida sobre a identidade do pai, no entanto, é só mais um desafio para o relacionamento improvável em que a moça e os dois rapazes apostam como único caminho para a felicidade.

Três é uma trama um tanto complexa com relação aos relacionamentos das personagens... Acho que deu para perceber pela sinopse. Eu simplesmente não consegui traduzir toda essa informação com as minhas palavras, por isso usei a sinopse do próprio livro para vocês entenderem melhor.
Quem já leu “100 escovadas antes de dormir” conhece o estilo da autora Melissa Panarello: erótico. Ao contrário do primeiro, que é autobiográfico, Três é totalmente ficcional (eu acho) e aborda um relacionamento entre três (!!!) pessoas, além do abuso de drogas e álcool. Eu, sinceramente, considero um livro apropriado para maiores de 16 anos, no mínimo.
Eu gostei muito de “100 escovadas” e estava com expectativas para esse livro e acabei me decepcionando muito. A estória não me cativou de maneira alguma, não li o livro com aquela vontade de saber o que vem a seguir, mas simplesmente pensando “quero acabar logo para começar outro”.
As descrições das cenas ‘calientes’ deixaram a desejar também, não por falta de detalhes, mas pela narrativa que ela utilizou... E em alguns momentos a linguagem. Eu não gostei da maioria delas. Espera-se uma leitura prazerosa, certo?! Mas eu só conseguia pensar “Aff! =/”

Obviamente temos três personagens principais: Larissa, Gunther e George, além de outros secundários que acabam sendo passageiros, com exceção do marido de Larissa, Leo, Gaetano, um de seus amantes, e a mãe dela. Esses são poucos dos secundários que serão analisados mais profundamentes.
Aliás, esse é um ponto forte do livro: a intensidade com a qual somos apresentados aos personagens. Eles são muito bem descritos de todas as maneiras, mas principalmente no quesito psicológico. Você consegue compreender os seus pensamentos e as suas ações, o porquê disso ou daquilo. Mas mesmo assim nenhum deles é cativante. Eu não consegui criar simpatia por nenhum deles, muito menos me identificar com qualquer um.

O enredo em si não tem nada de espetacular também: são personagens com um espírito cult e que vivem uma vida de excessos e liberdade apesar de estarem financeiramente quebrados. Até que Larissa descobre que está grávida e cada um começa a refletir e questionar a si mesmo sobre esse relacionamento a três.
Eu não entendo muito de poesia, então o final foi um grande ponto de interrogação para mim. #PokerFace
Brincadeiras a parte, minha recomendação: se você quer muito ler os dois livros da Melissa P., comece com esse, assim você guarda o melhor para o final. Se você tem curiosidade, leia apenas o “100 escovadas”. Se você já o leu, fica a seu critério ler esse. Eu não gostei, mas você pode ter uma opinião diferente.

2 ½ estrelas porque... Bem, depois dessa resenha nem preciso justificar, né?

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